quarta-feira, 28 de maio de 2008

Laranjeiras/SE

História:

Distante 18 quilômetros de Aracaju, o município de Laranjeiras já foi o mais importante de Sergipe. Berço da cultura, educação, política e economia, só não tornou-se capital devido a uma manobra política do Barão de Maruim, que trabalhou para transferir a sede de São Cristóvão para Aracaju. Ainda hoje, suas ruas, casarios e igrejas revelam a beleza da arquitetura colonial, uma atração turística em Sergipe.

Depois que as tropas de Cristóvão de Barros arrasaram com as nações indígenas, por volta de 1530, muitos colonos se fixaram às margens do rio Cotinguiba, em terras pertencentes à Freguesia de Socorro. Lá, foi construído um pequeno porto e, por causa das frondosas laranjeiras à beira do rio, moradores e viajantes começaram a identificar o local como "porto das laranjeiras".
Em torno dele, o comércio foi ganhando espaço, principalmente a troca de escravos, e surgiram as primeiras residências. A partir de 1637, o pequeno povoado de Laranjeiras teve casas destruídas pelo domínio holandês, mas o porto foi preservado. Depois que os holandeses deixaram Sergipe, em 1645, o porto fez retornar a prosperidade ao povoado, que crescia rapidamente. Em 1701, os padres jesuítas construíram a primeira igreja com convento, à margem esquerda do riacho São Pedro. O local foi chamado de "Retiro". Em 1731, os jesuítas ordenaram a construção da Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Comandaroba, verdadeira obra-prima da arquitetura colonial.

Em 1832, a Assembléia Geral da Província transforma o povoado em vila independente. Em fevereiro de 1835, Laranjeiras é alçada à condição de Distrito de Paz e, em 11/08 de 1841, torna-se sede da comarca.

Laranjeiras teve na indústria açucareira sua maior fonte de renda. Abrigava centenas de engenhos e, depois, usinas. Entre elas, destacaram-se Varzinha, São José Pinheiro e Sergipe.

Em 1860, Laranjeiras recebeu a visita do Imperador Dom Pedro II e da imperatriz Tereza Cristina. O casal visitou a Câmara de Veradores, o Paço Municipal e participou de saraus e banquetes.

Laranjeiras também é referência no folclore. Seus folguedos estão entre os mais importantes do Brasil, como o Reisado, Guerreiros, Lambe-Sujos e Caboclinhos, Cacumbi, Taieira, Samba de Parelha, São Gonçalo, Batalhão 1º de São João, Chegança Almirante Tamandaré e os Penitentes.







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