quarta-feira, 25 de junho de 2008

Especial: Casamento da Maria em Aporá - 2008

A festa deixou a desejar quanto às tradições que existem dentro da própria tradição do Casamento da Maria. Não se pode apenas caminhar ao som de “batidas” estridentes “creuzitanas” e “pisada(inhas)".

A festa tem um caráter comunitário de participação intensiva tanto dos que estão diretamente acompanhando o casamento, quanto dos que apenas assistem.

A tradição aponta para alguns quesitos que devem ser observados:

- O cortejo deve ser feito A PÉ (carros e motos não devem fazer parte do cortejo, pois cada um coloca um som diferente – e estridente –, poluindo ainda mais o ambiente, além de poder causar acidentes);

- SANFONA, SABUMBA E TRIÂNGULO. Precisa dizer mis alguma coisa? Eu digo assim mesmo! Nada contra aos trios, jegues e afins elétricos, mas é inegável que essa festa tornou-se tradição justamente por fugir à regra de todas as outras;

- Eda, eda, eda, na casa de Leleta. Si, si, si, na Casa de Jessi. Tida, tida, tida, na Casa de Cantídia... ô dona da casa, por Nossa Senhora, dai-me o que beber, senão eu vou me embora... Como disse anteriormente, a participação popular é fundamental. Cantar esses coros significava que o licor e a comida eram por conta dos moradores por onde o cortejo passava. Como pagamento, fazíamos um arrasta-pé;

- Personagens. O noivo e a noiva, personagens centrais da festa, têm ter carisma, atitude, animação, irreverência e descontração.

Esses são apenas alguns pontos. No mais, ressaltar a lembrança e memórias daqueles que iniciaram essa festa seria de bom grado. No ano que vem, sairei do discurso...

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